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A coreografia DAN, cujo nome simboliza a serpente sagrada do Daomé Benin e que representa a eternidade e a mobilidade sob a figura de uma cobra que engole a própria cauda, propõe uma reflexão sobre a dualidade do mundo. Elementos contrários que dialogam e até mesmo coexistem.
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A inspiração, a partir do referencial na cultura Afro-Brasileira, foi o orixá Oxumaré, ambíguo por sua natureza, pertence à água e a terra, sendo ao mesmo tempo macho e fêmea. Oxumaré representa a necessidade do movimento e da transformação. É o Orixá de todos os movimentos, de todos os ciclos.
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Com concepção de Rosa Barreto, dançarina do BTCA, DAN é a última coreografia que integra o projeto “ENDOGENIAS”, que tem como objetivo promover coreografias de média duração, e estimular que dançarinos exercitem as habilidades de composição coreográficas.
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Além de proporcionar outros exercícios de criação entre os dançarinos, o projeto também amplia esta possibilidade para as áreas técnicas, como figurino e iluminação, por exemplo. O figurino foi criado por Nei Lima, funcionário do Centro Técnico, que contou com a colaboração de toda a equipe do ateliê de Costura Cênica, e utilizou de técnicas manuais e artesanais para a configuração dos tecidos, e materiais como cordas e cordões de algodão, a ideia era criar um emaranhado de fios, sem começo e sem finalização, criando uma continuidade visual entre pele e a tessitura que cobre o corpo dos bailarinos.
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